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A tal mania de perseguição


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Há poucos minutos, estava eu caminhando pela calçada, quando ouvi passos atrás de mim. Como toda pessoa (excessivamente) curiosa, diminui o passo e espiei para ver quem estava atrás.
Acho que todo mundo já teve a sensação de parecer ser perseguido. Quando aparece alguém suspeito pela rua, não pago pra ver: aumento o passo o máximo que puder - que já não é lá grandes coisas, é duro ter 1,57 de altura. Além do mais, sou completamente distraída, e fico pensando se em um desses meus devaneios sou pega de surpresa. Enfim, não tenho mania de perseguição, só não quero que minha mãe jogue na cara de novo que não presto atenção em nada e é por isso que levaram minha carteira/meu casaco/meu guarda-chuva/etc. sem eu ver.
Aliás, uma coisa que eu percebi é que eu não tenho mais essa tal mania de perseguição do tipo "Oh céus, tudo conspira contra mim!", claro que às vezes rola um drama básico (o que é a vida sem um draminha?) mas acho que essa distração minha evita eu notar até quando a perseguição for óbvia demais. A verdade é que eu não sou perseguida. Eu sou a perseguidora!
Por que afinal eu queria tanto saber quem estava atrás de mim? Eu estava pensando que era quem afinal? Johnny Depp? Ou Sweeney Todd (o barbeiro demoníaco da rua Fleet - interpretado pelo Depp, hihi)?
Acorda, Aninha! As pessoas andam nas calçadas o tempo todo, admita: você queria ver se tirava algo pra comentar. Pois é, e deu certo. Vou me consolar e dizer que essa tal mania de perseguir as pessoas é coisa de quem escreve: ter curiosidade e querer observar aquilo que não lhe compete.

P.S. 1: Se você tem mania de perseguição, só tenho uma coisa a declarar: eu não estou te perseguindo!
P.S. 2: Bem, do jeito doida que sou, talvez eu te persiga um dia e nem saiba.
P.S. 3: Talvez eu já tenha te perseguido.
P.S. 4: Se eu te persegui, desculpa, tá?