"Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará!"
É provável que 98% do mundo conheça a lei de Murphy. Caso não, você já deve ter vivido essa lei. Sabe aquele dia que nada pode dar errado, e dá? E da pior forma possível? Ou tudo leva mais tempo do que o tempo que você tem disponível? Ou a torrada cai sempre com a manteiga virada para baixo?
Com o tempo aprendi a rir dessa lei. Acho que o ultranegativismo se torna engraçado se olharmos a vida com outros olhos. Uma hora vamos ter que nos conformar que a vida não é perfeita. E que gastamos um tempão dando importância às nossas preocupações, quando, na verdade a preocupação não irá garantir o sucesso total. As noites mal dormidas, o choro, o nervosismo e tantas coisas negativas não farão com que algo se torne positivo. Não adianta.
Eu mesma estava fazendo um projeto. Recolhi todas as informações necessárias, fiz tudo que deveria ser feito. Mas não dava pra garantir que daria tudo excepcionalmente certo. Não dá pra imaginar o que pode acontecer. Então, se eu fiz tudo que podia, agora era apenas esperar pelo resultado. E como a lei de Murphy costuma acontecer nas horas impróprias, deu uma coisinha errada que poderia colocar tudo a perder. Mas e aí? Adiantaria eu matar o gato da vizinha (odeio gatos, sorry) por causa disso? Aconteceu? Então, vamos achar a solução. E se não houver? Continue. Existe a oposição. Vamos ter que lidar com ela. E eu acabei descobrindo que dá pra lidar com ela, e com ótimo humor ainda.
Quando eu acabei não ligando ou me desesperando para o problema, ele acabou sendo resolvido sem que eu esperasse. Temos que fazer o que estiver ao nosso alcance sem esperar que as coisas (boas ou ruins) aconteçam.

Deixou o copo de lado e foi procurar suas chaves. Quinze minutos depois, ele as encontrou ao lado do açúcar. Resmungando, chutando e derrubando tudo pelo caminho foi até a porta, girou uma chave e a quebrou. Ligou correndo para o chaveiro. Depois de quase 1 hora, o problema foi resolvido. Desceu correndo as escadas do prédio, afinal, pensou, o elevador também poderia quebrar.
Mas no fim da escadaria ele tropeçou no balde de tinta. O zelador estava pintando os corredores do edifício. Depois de milhares de reclamações, quando colocou o pé da rua, leu: rua interditada. Agora, ele deveria andar cinco quadras até o próximo ponto de ônibus.
"Não acredito, justo hoje. Em um dia tão importante!"
Quando havia acabado de gritar isso para si mesmo, uma bicicleta o atropelou. Cheio arranhões e muito dolorido, ele resolveu voltar para casa. Usou o elevador. Que parou no terceiro andar e depois de 20 minutos voltou a funcionar. Em sua casa, se atirou no sofá. E então, o telefone tocou. Marcos olhou com espanto para o aparelho, com medo da notícia que poderia vir. Resolveu atender:
— Marcos! Você não vem pra cá? — disse Denise, sua colega da faculdade.
— Ah, infelizmente não.
— Tudo bem, então...
— Hein? E o professor? Ele deve estar morrendo de raiva!
— Ah, está sim. Mas não por você. Acontece que o carro dele quebrou no meio do caminho e o seguro não quis arrumar. Deu o maior "B.O."! Ele não virá hoje. Parece que a lei de Murphy resolveu visitar o professor, né?